Prog

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sábado, 23 de março de 2013

Sagrado Coração da Terra

A banda mineira, sempre liderada pelo fundador, o compositor e violinista Marcus Viana, foi criada em 1979, logo após sua saída da então extinta Saecula Saeculorum. Lançou seu primeiro disco em 1984, que teve ótima repercussão no exterior (particularmente no Japão, onde eram lançados primeiro em CD). Apesar disto, no Brasil, só se tornou efetivamente conhecida do grande público após a inclusão da canção "Flecha", de seu 2o. disco (homônimo), na trilha sonora da telenovela "Que Rei Sou Eu", da Rede Globo, com direito a exibição de seu respectivo clipe no programa dominical "Fantástico".


Além de explorar a música instrumental, inclusive com a utilização de violino, e letras que faziam refência a paz e o culto à natureza, a capa de seus álbuns eram visualmente bem elaborados.
Ao compor a canção "Tango" para a minissérie "Kananga do Japão", da Rede Manchete, Marcus conheceu Jayme Monjardim, que posteriormente convidou-o a compor a trilha da próxima grande produção da emissora: Pantanal, que fora o fio condutor de "Farol da Liberdade", terceiro CD da banda, que continha duas canções da novela, além da a própria Suíte Sinfônica, esta última assinada apenas por Marcus mas ambas lançadas com o mesmo argumento (préviamente citado), na mesma época. O tipo de música utilizado na trilha foi tão marcante e inovador quanto a própria sensação causada pela telenovela, com fartura de imagens da natureza e temática distinta da que era normalmente adotada pelas produções da Rede Globo. A partir de então, Marcus depositaria suas principais atenções não apenas sobre o Sagrado, mas também sobre sua carreira solo.

Depois do lançamento de Grande Espírito em 1993 o grupo entrou em um longo hiato que só teria fim em 2000, com o lançamento de um disco composto de inéditas e alguns rearranjos de trabalhos de Viana e até da canção "Terra" de Caetano Veloso intitulado "À Leste do Sol, Oeste da Lua". Dele participam antigos membros e convidados como André Matos, na época, recém saído do Angra. No ano seguinte é lançado "Sacred Heart of Earth", um CD voltado para o mercado exterior, com canções importantes na carreira do Sagrado repaginadas e com letras em inglês. Em 2002 saíram duas coletâneas que também traziam algumas novas edições e arranjos: "Coletânea I - Canções" e "Coletânea II - Instrumental".
O Sagrado Coração da Terra encontra-se em jejum de shows, mas ainda participa de gravações em estúdio junto a Marcus Viana e em breve será gravado o primeiro DVD, que terá edição dupla.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Yes



 Sem dúvida, uma das mais bem-sucedidas bandas de rock progressivo dos anos 70, o grupo britânico Yes, ao contrário de outros com as quais são frequentemente comparados (King Crimson, ELP, Genesis) mantém até os dias de hoje o mesmo som "cósmico", virtuoso, com belos vocais, arranjos extremamente complexos com influência de música clássica e grandes desempenhos individuais, mesmo com as constantes mudanças de formação.
A marca registrada do Yes reside principalmente no talento e criatividade do baixista Chris Squire (que inspirou outros da época, como John Deacon do Queen), ex-membro da banda Syn. Ele se juntou em 1968 ao vocalista Jon Anderson (ex-Warriors e ex-Gun), que, assim como Squire, gostava do estilo de vocais em harmonia e instrumentação forte. Começaram então a fazer um som que usava essas harmonias em conjunto com uma base sólida de rock, devido ao estilo preciso de Squire no baixo. Juntaram-se ao tecladista Tony Kaye, ao guitarrista Peter Banks e ao baterista Bill Bruford (considerado por muitos como o melhor baterista de rock progressivo do planeta), e o nome Yes foi escolhido.
O primeiro álbum, auto-intitulado, foi lançado em 1969 bem dentro do estilo psicodélico da época, já mostrando alguns elementos criativos que viriam a se consolidar (influências folk e clássicas, produção despojada, vocais altos e inpecáveis, toques de "space rock" no qual o Pink Floyd era especialista). Seguiu-se Time and a Word de 1970, mais sofisticado e mais característico, com presença de orquestra. The Yes Álbum de 1971 apresenta o guitarrista Steve Howe, virtuosíssimo no violão clássico, que ajudou a fazer desse um álbum muito mais complexo, com maior peso na guitarra e no baixo, e grandes passagens de bateria.
O Yes começava a atrair atenções, e a aparecer nas paradas do Reino Unido (#7), chegando a fazer sua primeira turnê pelos EUA (abrindo para o Jethro Tull). Depois de Peter Banks, foi a vez de Tony Kaye sair, e seu substituto foi a figuraça Rick Wakeman, excelente tecladista de marcante presença de palco que usava uma parafernália de equipamento (usava nos shows dois ou mais pianos, vários sintetizadores, Mellotron, órgão, harpsichord elétrico). Essa formação, Anderson, Bruford, Howe, Squire e Wakeman é considerada a melhor, embora tenha durado cerca de um ano (71-72 a 72-73), que lançou os 2 melhores álbuns do Yes - Fragile e Close to the Edge.
Fragile é da transição do psicodélico para o progressivo, e tem grandes clássicos, como "Roundabout" e "Heart of the Sunrise", além do fato de que das 9 faixas, 5 são desempenhos individuais de cada um dos membros! A mais marcante delas é "The Fish" de Chris Squire, onde todos os riffs, seção rítmica e sons de fundo são de diferentes distorções do baixo. Close to the Edge é marcadamente progressivo, com 3 longas faixas e um Rick Wakeman tocando soberbamente. A turnê de 1973 é registrada no triplo vinil Yessongs, já com o novo baterista, Alan White. Depois de Tales from Topographic Oceans (de 1974, um álbum duplo com 4 músicas - 1 por lado do vinil) foi a vez de Rick Wakeman sair, dando lugar a Patrick Moraz. Relayer (1975) é gravado, com um som pendendo para o jazz. Wakeman voltou em Going for the One (1977) e Tormato (1978). Drama (1980) é o único disco do Yes sem Jon Anderson nos vocais, já que ele e Wakeman saíram, e foram substituídos por Geoff Downes (tecladista) e Trevor Horn (vocal e guitarra), ambos ex-Buggles ("Video killed the radio star"). O resultado final foi fraquíssimo, e a banda se dissolveu.
No entanto, o Yes voltou triunfalmente em 1983, com seu álbum 90125 e seu grande hit "Owner of a Lonely Heart", com Jon Anderson e Tony Kaye de volta, e o guitarrista sul-africano Trevor Rabin. O Yes revivido lançou álbuns relativamente bem sucedidos nos anos 80 e 90 (sempre com mudanças na formação): Big Generator (1987), ABWH (1989), Union (1991), Talk (1994), mas nenhum desses chega perto do som genial dos anos 70.
E, surpresa das surpresas, em 96 o velho Yes está de volta! Rick Wakeman e Steve Howe estão no lugar de onde não deveriam ter saído, e o álbum Keys to Ascension é um excelente CD duplo ao vivo, com os velhos clássicos do Yes. No ano seguinte temos o Keys to Ascension II, trazendo mais clássicos ao vivo da banda. Em novembro do mesmo ano sai o "Open Your Eyes", trazendo um Yes tentando recriar um pouco da atmosfera da época do "Big Generator", e contando com Jon Anderson nos vocais, Steve Howe nas guitarras em geral, Chris Squire no baixo e Alan White na bateria, juntamente com Steve Porcaro, Igor Khoroshev e Billy Sherwood nos teclados - este último atuando também na guitarra e nos vocais.
Em setembro de 1999 a banda lançou mais um álbum, "The Ladder", que conta com a mesma formação do trabalho anterior. Saíram em turnê mundial - inclusive passaram aqui no Brasil - onde os fãs puderam comprovar que os "velhinhos" continuam em plena forma.
Em 2000, lançaram um novo disco: "House Of Yes", gravado ao vivo no 'The House Of Blues", no final de 1999.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Beatles

Há 50 anos atras nascia uma banda que iria revolucionar a historia da musica e do rock no mundo inteiro...


Em Março de 1957, empolgado com o skiffle que Lonnie Donegan popularizou com seus sons improvisados, John Lennon criou uma banda composta por colegas da escola Quarry Bank School — que incluía seu melhor amigo na época, Pete Shotton — primeiramente chamada de The Black Jacks, mas logo definida como The Quarrymen (em homenagem à escola). Inicialmente, além dos dois, a banda era composta por Eric Griffths (violão), Bill Smith (baixo improvisado) e Rod Davis (banjo). Em 6 de julho de 1957, Paul McCartney havia assistido uma apresentação da banda em uma festa na Igreja St. Peter, e Ivan Vaughan, amigo de John Lennon e colega de classe de Paul, apresentou-lhe a Lennon; Paul foi convidado a ingressar na banda e, no mesmo ano, mostrou a Lennon a composição "I've Lost My Little Girl". Em 6 de fevereiro de 1958, o jovem guitarrista George Harrison juntou-se à banda, apresentado por Paul que o teria conhecido por acaso num ônibus. Apesar da relutância inicial de Lennon pelo fato de Harrison ser três anos mais novo que ele (na época, com quinze anos), McCartney insistiu depois de uma demonstração de George e este terminou ingressando no grupo. Lennon e McCartney desempenharam a guitarra rítmica durante esse período e, após o baterista oficial do Quarrymen, Colin Hanton deixar a banda, em 1959, depois de uma discussão com os outros membros, teve uma alta rotatividade de bateristas. Stuart Sutcliffe, colega de Lennon numa escola de arte de Liverpool, aderiu ao baixo em janeiro de 1960, a pedido do amigo.
Como Paul e George estudavam no Instituto de Liverpool, não seria mais apropriado chamar a banda por "Quarrymen" e, então, o grupo passou por uma progressão de nomes, incluindo "Johnny and The Moondogs"' e "Long John and The Beatles'. Sutcliffe sugeriu o nome "The Beetles" como homenagem a Buddy Holly e "The Crickets". Após uma turnê com Johnny Gentle na Escócia, a banda mudou definitivamente seu nome para "The Beatles". A primeira esposa de John, Cynthia Lennon, argumenta que o título "The Beatles" veio a John no Renshaw Hall bar, depois de ele beber cerveja. Lennon, que era conhecido por dar diversas versões da história, ironizou num artigo da revista Mersey Beat de 1971 que teve uma visão onde "um homem, numa torta flamejante, disse: 'Vocês são Beatles com A'." Durante uma entrevista em 2001, McCartney atribuiu a si o nome definitivo da banda, afirmando que "John tivera a ideia de nos chamar de 'The Beetles'; eu disse: 'por que não Beatles?; você sabe, como a batida da 'bateria'.
Em maio de 1960, os então Silver Beetles realizaram uma turnê no norte da Escócia, com o cantor Johnny Gentle, a quem a banda havia conhecido uma hora antes de sua primeira apresentação. McCartney refere-se à viagem como uma grande experiência para a banda. Naquela época os Beatles não tinham um baterista fixo, assim, profissionais desse gênero tocavam para eles apenas em determinadas ocasiões....

O resto é história.....


Bixo da Seda


Os anos 70 estavam começando. O sonho tinha acabado, os Beatles já não existiam mais. No outro lado do Atlântico, a "América" perdia seus três maiores ícones: Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Como no inicio da década passada, o rock se reciclava através das bandas inglesas. O estilo já tinha se consolidado como um movimento social, uma arma nas lutas da juventude.

Nesse contexto, mais precisamente no ano de 73, um guitarrista porto-alegrense chamado Zé Vicente Brizola (filho de quem você está pensando) tem a brilhante idéia de formar uma banda de rock, convidando seu amigo Mimi Lessa, considerado na época um dos melhores guitarristas do país. Mimi estava voltando do Rio onde fez sucesso com o Liverpool, banda em que também tocava seu irmão Marcos (baixo), e seu primo Edinho Espíndola (bateria). Os dois acabam por entrar no projeto, que tem sua formação "quase finalizada", com o ingresso de um experiente tecladista do cenário da capital: Cláudio Vera-Cruz.

Influenciados basicamente pelo rock progressivo de bandas como Yes, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull e Focus, juntamente com o Rock`N Roll básico dos Rolling Stones, faltava ao quinteto um nome. E este surgiu da forma mais inusitada: enquanto enrolavam um baseado, pensam na utilidade daquele papelzinho quase transparente, a seda. Aqui surgia uma das maiores bandas de rock do Rio Grande do Sul, o Bixo da Seda.

Sem contar com um "frontman", acabam por dividir os vocais entre os integrantes do grupo, fato que acabaria quando convidam mais um ex-Liverpool, o maluco beleza Fughetti Luz, para ingressar na banda. Fughetti era talvez, a melhor definição para o termo Hippie. Logo na sua infância teve uma paralisia infantil, que deixou seqüelas irreversíveis em suas pernas, fato que dava um ingrediente a mais as suas performances. No começo da década, com o fim do Liverpool, foge da repressão militar exilando-se no Velho Mundo, sem ao menos falar uma língua que não fosse o bom e velho português. Fica lá por pouco tempo, sendo "convidado a se retirar" pelas autoridades européias.

De formação nova o Bixo parte para o Rio, deixando no caminho Zé Vicente Brizola e Cláudio Vera-Cruz, sendo este último, substituído pelo ex-Bolha Renato Ladeira. No centro do país fazem diversos shows pelos festivais da época, dividem o palco com as grandes bandas dos anos 70, ganham o reconhecimento da mídia especializada e são contratados para gravar seu primeiro e único registro.

O LP Estação Elétrica, de 76, acaba por não mostrar o que era realmente o Bixo ao vivo. Toda energia que marcava o grupo no palco, não foi transmitida para o CD. Mesmo assim, contém grandes obras como Um Abraço em Brian Jones, em homenagem ao ex-Stones, as lindas baladas Vênus e Já Brilhou, e seu hino Bixo da Seda, com os famosos versos: Bixo, dá a seda, me deixa enrolar. A grande qualidade técnica dos músicos, as harmonias um tanto rebuscadas para uma banda de rock, e seus compassos totalmente fora dos padrões, características marcantes da banda, podem ser ouvidas em todas as músicas. Relançado no final do ano passado em CD, trata-se de um disco clássico do rock nacional.


A banda ainda durou mais três anos, até que Mimi, Marcos e Edinho entram para a banda de apoio das Frenéticas. Era o Fim do Bixo, o grande pilar Rock Gaúcho, referenciada por todas as gerações posteriores.

Hoje, os irmãos Mimi e Marcos vivem no centro país, participando de inúmeros projetos musicais. Edinho é um dos bateristas mais requisitados do Brasil, tocando atualmente na Fu Wang Foo. Fughetti "apadrinhou" na década de 80 diversas bandas, entre elas a Bandaliera, para qual compunha várias músicas, e o Taranatiriça. Lançou ainda dois discos solos e mora no interior do Estado.


domingo, 17 de março de 2013

Kamikaze

Em 1986 a cena roqueira de Belo Horizonte fervia. Na área de Metal, havia sido lançado o split-album Sepultura/Overdose pelo selo Cogumelo Records. A cidade se agitava em grande festivais de rádios e era fundado o primeiro estúdio verdadeiramente de rock de BH: o JG Estúdio.

Oriundo do projeto Tribo de Solos, o estúdio começou suas atividades com o Sepultura (os dois primeiros LP's foram gravados lá), mas já lançava de forma independente o primeiro EP do grupo Kamikaze, que estourou nas rádios com “Machado de Guerra” e se tornou o hino de toda uma geração de roqueiros do Brasil.

O EP continha outros petardos como “Trilha do Metal”, “Força Motriz”e “Agora é com você”. Após participar de uma coletânea da BMG “Rock Forte”, o Kamikaze gravou seu primeiro álbum intitulado “Kamikaze II”, em 1990 pela Cogumelo Records. O texto abaixo de autoria do jornalista e crítico Kiko Ferreira indica bem a qualidade do som feito pelo Kamikaze:

“Cinco anos depois de surgir no então efervescente cenário do rock mineiro o Kamikaze mostra por que foi um dos mais bem sucedidos sobreviventes da chamada geração 80. Sem exibir a timidez entediante de alguns grupos ou a petulância estéril de falsos veteranos, o grupo faz um rock sangüíneo, virulento, onde os decibéis funcionam a favor da música, num equilíbrio surpreendente.

O Kamikaze não guarda no bolso modernismos inconseqüentes ou postura de aluguel. Vive o rock com o frescor dos anos 70, a tecnologia dos anos 80 e a postura honesta que parece direcionar a arte e a própria vida dos 90. A formação básica – baixo, bateria, guitarra, vocal – não permite truques baratos. É tocar direito, sem vacilos e com perfeita integração das partes. E, com o talento dos quatro, isso fica fácil.

A voz potente de Guilherme Bizotto à frente, duelando com a guitarra de Reginaldo Silva ganha sólido apoio do baixo marcante de Gustavo e da bateria experiente de João Guimarães. Seja denunciando o vale-tudo do jogo sujo do poder (Jogo Sujo), a ruidosa guerrilha urbana (Machado de Guerra – Guerra do Pó) ou anunciando prazeres da música (Blues de Ninguém), o Kamikaze mostra que tem estilo e que está no caminho certo.”

Em 1994 o Kamikaze se reunia novamente para gravar 6 faixas, com diversas parcerias incluindo o letrista Chico Amaral (Skank). Daí surgem “Meia Noite”, “A Madrugada Só Mentiu”, “Não Volta Não”, “Proxenetas” e ainda “Nunca Se Viu” e “Não Há Lugar”.

No ano 2000 a Cogumelo Records lançava uma coletânea do Kamikaze, resgatando o trabalho de uma das melhores bandas de rock do Brasil.

Quatro anos depois o Kamikaze volta à ativa para gravar um novo CD. Produzido e gravado por Chico Neves, mixado pelo produtor do Pearl Jam, Tchad Blake e masterizado por Bob Ludwig, o trabalho conta com diversas parcerias, como Chico Amaral (Skank), Affonsinho (ex-Hanói-Hanói), o Poeta Paulo Leminski e o Escritor Délcio Vieira Salomon, dentre outros nomes da cena cultural mineira.

O trabalho independente surge com treze novas canções autorais e uma regravação de “She Drives Me Crazy”. Vem assinado pelos próprios músicos do Kamikaze, que não pouparam esforços no refinamento da qualidade do som.

A crítica do Produtor Musical da Som Livre e da Rede Globo, Rogério Vaz, revela a coerência da proposta:

“Achei fantástico o CD, com belos arranjos... Os timbres estão ótimos também... É muito legal quando a gente vê um trabalho tão bem feito, ainda mais se tratando de rock. O projeto gráfico é foda, conceitual, arrojado, um dos melhores que eu tenho visto por ai. O que é bom tem sempre espaço”.

Além do CD o Grupo gravou um vídeo-clip da canção “Carregador”. O vídeo veiculou por algum tempo na MTV brasileira.


Para intensificar a divulgação do novo CD, em novembro de 2005 o experiente W. Muriel foi convidado para substituir Bizzoto nos vocais do Kamikaze. Com o novo vocalista, ânimos renovados e novas canções o Kamikaze recorre às bases que sempre fundamentaram a sua música.

Passados vinte anos de batalha o Kamikaze se constitui, cada vez mais, pelo requinte de uma banda que cuida do que é realmente essencial – do som. Está, então, pronta para ampliar seu rebanho de fiéis seguidores.

O Kamikaze, como um vinho denso e raro, não parece se preocupar com o tempo.



Ano: 1986, 1990 / 2003
 Gênero: Heavy Metal / Hard Rock
Tracklist:
1 - Meia Noite

2 - A Madrugada Só Mentiu
3 - Não Volta Não
4 - Proxenetas
5 - Nunca Se Viu
6 - Não Há Lugar
7 - Jogo Sujo
8 - Blues De Ninguém
9 - Guerra Do Pó
10 - Viva Por Você

11 - Machado De Guerra
12 - Roleta Russa
13 - You Can Blow It With Your Fingers
14 - Trilha Do Metal
15 - Força Motriz
16 - Machado De Guerra
17 - Agora É Com Você




Posições


Lançado pela Odeon em 1971, esta rápida coletânea (menos de 1/2 hora) pretendia mostrar o que havia de novo no cenário musical brasileiro. Foi lançado de uma forma tímida e quase desacreditada, sem nenhum alarde. Na verdade de todas essas bandas, a mais duradoura teria sido o Som Imaginário (que durou de 1970 até 1974).

As outras bandas (com exceção do Módulo 1000 que gravou um LP em 1972) apenas registraram compactos na história da música brasileira. Porém, o fato de não terem sido absorvidos pela indústria fonográfica não tira a primazia e beleza das composições.


A Tribo era formada por Nelson Angelo, Joyce, Novelli, Toninho Horta e Naná Vasconcelos (depois substituido pelo Nenê da bateria). Atuou no cenário artístico no início dos anos 70. Em 1970, classificou a música "Onocêonekotô" (Nelson Angelo) para a final do V Festival Internacional da Canção.

Equipe Mercado, grupo formado por Diana (voz), Leugruber (guitarra), Ricardo Ginsburg (guitarra), Stul (violão, baixo, piano e voz), Carlos Graça (bateria) e Ronaldo Periassu (percussão) em 1970 na cidade do Rio de Janeiro, tendo como influência maior o rock psicodélico dos anos 60. Lançou em 1971 um compacto simples com as músicas "Os campos de arroz" e "Side b rock", encerrando suas atividades no ano seguinte.

Som Imaginário, grupo formado em 1970 por Wagner Tiso (teclados), Robertinho Silva (bateria), Tavito (violão de 12 cordas), Luiz Alves (baixo), Laudir de Oliveira (percussão) e Zé Rodrix (órgão, percussão, voz e flautas). Nesse ano, com a participação de Nivaldo Ornelas (sax) e Toninho Horta (guitarra), dividiu o palco com Milton Nascimento, apresentando o espetáculo "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário".
Ainda em 1970, gravou seu primeiro disco, "Som Imaginário", destacando-se canções como "Feira moderna" (Beto Guedes e Fernando Brant) e "Hey man" (Zé Rodrix e Tavito).

Módulo 1000, formado por Daniel (guitarra e voz), Luís Paulo (órgão), Eduardo (baixo), Candinho (bateria) na cidade do Rio de Janeiro em 1969. Conjunto de curta duração, seguia a linha "hard rock" mesclada com o blues. Em 1970, participou do "V Festival Internacional da Canção" e lançou pela Odeon o compacto simples com as músicas "Big mama" e "Isto não quer dizer nada". No ano de 1972, pela Top Tap lançou o LP "Não fale com as paredes". Encerrou as suas atividades em meados da década de 1970, tinha guitarras gritantes e uma bateria pesada ao estilo Led Zeppelin.


Arion


"Inicialmente batizado de Magma, o grupo surgiu em 1993 na cidade universitária de Viçosa, Minas Gerais, onde realizou diversos shows, participou de especiais para a televisão e passou a ter um maior respaldo junto ao público, tendo se apresentado também em Belo Horizonte. Já contando com um instrumental refinado, adquiriu sua identidade atual com a entrada da cantora Tânia Braz, musicista formada em composição pela Escola de Música da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Em julho de 2001, o Arion lançou pela Progresive Rock Worldwide seu primeiro CD, que leva o mesmo nome da banda. O disco apresenta seis músicas inéditas compostas pelos próprios membros do grupo e uma leitura na linguagem do Rock Progressivo da canção "Natureza Mística" do compositor e poeta Thyaga. As letras, originalmente em inglês, trazem temas de natureza reflexiva ligada à humanidade e à espiritualidade. Estes temas, associados a atmosfera melódica, remetem os ouvintes a um universo rico em percepções sensoriais que transcendem a experiência cotidiana. O CD, produzido conjuntamente pelo Arion e pelo produtor Marcos Gauguin (que produziu, entre outros o CD "Calango" do Skank) contou com a participação especial do próprio Thyaga na interpretação de sua música e do percussionista Alexandre Reis. Voltado principalmente para o mercado externo, onde se concentra a maior parte dos fãs de Rock Progressivo, o disco começou a ser comercializado na Europa, Estados Unidos e Japão, onde foi bem recebido pela crítica especializada."
Músicos:
Sérgio Paolucci - teclados
Luciano Soares - guitarra
Tânia Braz - vocal e violões
Nelson Simões - bateria e voz
Carlos Linhares - baixo, violão e voz